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Meio ambiente - O rastro de destruição do mercado ilegal de ouro brasileiro

por Samurai Experts em Oct 15, 2021

Meio ambiente - O rastro de destruição do mercado ilegal de ouro brasileiro - L'Amazonie Skincare

No Brasil, fatores políticos e/ou econômicos incentivam a exploração ilegal de ouro em terras indígenas e protegidas do território amazônico. 

Os números são impressionantes: quase 49 toneladas foram extraídas irregularmente entre 2019 e 2020. Esse garimpo é controlado por poucas empresas que dominam no setor, algumas inclusive já processadas na justiça. 

Em Jacareacanga, município situado no sudoeste do Pará, parte dos salários são pagos em ouro. O garimpo irregular emprega a maioria da população local, fazendo proliferar a demanda por barqueiros, mecânicos e cozinheiros, assim como um aumento da prostituição.

Graças à mineração, Jacareacanga, com uma população que não chega a 7.000 habitantes, tem um PIB per capita similar ao de algumas das cidades mais ricas do Brasil, como o Rio de Janeiro. 

Os pequenos barcos que atravessam o rio Tapajós em busca de ouro deixam uma mancha escura que começa em Jacareacanga e tinge as águas desse que é um dos principais afluentes do rio Amazonas, estendendo-se por 500 quilômetros Tapajós abaixo, liberando um fluido composto por mercúrio e sedimentos provenientes da mineração, que ameaça tanto a flora quanto a fauna fluvial, assim como o povo indígena Munduruku, que vive às margens do rio.

Além dos danos socioambientais, o ouro muitas vezes é usado para lavar dinheiro proveniente de tráfico de armas e drogas, grilagem de terras e corrupção. 

De acordo com dados da organização MapBiomas, a área ocupada por garimpos rudimentares em áreas indígenas cresceu 495% na última década. 

A atividade criminosa deixa um rastro de devastação na Amazônia: entre 2005 e 2015, a atividade destruiu mais de 1,2 milhão de hectares. De acordo com os resultados obtidos pelo MPF e a UFMG, 90% da extração ilícita se concentra na Amazônia, principalmente no Pará e Mato Grosso, onde mais da metade da mercadoria declarada foi classificada como irregular. 

Fonte: https://brasil.elpais.com/brasil/2021-10-08/o-rastro-de-destruicao-do-mercado-ilegal-de-ouro-brasileiro.html

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